É obvio que você conhece ou ao menos já ouviu falar da rede social mais poderosa do nosso tempo. 

O FACEBOOK. Sim, a rede social que foi lançada em 4 de fevereiro de 2004 com o intuito de ajudar as pessoas a conhecerem umas às outras por meio da troca de mensagens, participação de grupos de interesse, grupo de escola, trabalho ou faculdade, entre outros.

Esse meio de comunicação é excelente. Não é mesmo?! Ele reuni 1,4 bilhões de pessoas, e 936 milhões que entram todos os dias (só no Brasil, 59 milhões). Todos que tem acesso à internet, pelo menos uma vez por mês, utilizam o Facebook. Ele tem mais usuários do que a internet tinha a trinta anos atrás. Uau... que evolução! Tantas pessoas em um único lugar. E como o mesmo objetivo: A vida em praça pública.

Mas, você sabia que as redes sociais podem ter efeitos psicológicos muito assustadores? Durante 30 anos pesquisadores da Universidade de Michigan aplicaram testes em universitários com o intuído de medir a empatia. Os alunos só deveriam dizer se concordavam ou discordavam com as seguintes afirmações: “eu tento entender como meus amigos se sentem” e, “eu geralmente me preocupo com as pessoas menos desfavoráveis que eu”. A publicação do resultado em 2010 foi que os jovens atuais que cresceram usando a internet têm 40% menos empatia que os jovens de três décadas atrás. E esse número cresceu a partir dos anos 2000. Fora outros fatores psicológicos que não vem ao caso neste momento.

A tecnologia é essencial em nosso dia a dia. Nos traz agilidade, praticidade e possibilidade de comunicações rápidas. Entretanto, esse mundo técnico pode ter absorvido mais do que deveria!
As facilidades da tecnologia dificultam nossa relação pessoal. E somos nós que a servimos. Ao invés de nós utilizarmos a ferramenta, é ela que acaba nos usando. Inconscientemente socializados, cometemos diariamente esse fenômeno e nem nos atentamos que o realizamos. A utilização dessa ferramenta pode estar nos tornado pessoas egocêntricas, indiferentes, apática e mecânicas. É como se tivéssemos perdido a capacidade de compreender quem somos e perdendo a essência humana.

Já parou para pensar sobre isso?

Não que esse uso esteja errado. Mas ilusoriamente alcançamos um grande número de pessoas no círculo social por meio das redes sociais, com a simples confirmação da mensagem: “agora vocês são amigos” e esses grandes números se baseiam em relacionamentos superficiais, de aparência.

A nossa consciência se convence que uma simples mensagem de: Bom dia ou Como você está? Seja suficiente para criar um relacionamento sólido. É como se tivéssemos justificados por uma prática comum sem ter consciência que isso prejudica a nós mesmos. Também não é errado enviar mensagem, marcar pessoas em posts, mas estamos nos afastando assustadoramente da essência humana. O relacionamento artesanal. Que exija a nossa presença física, nosso tempo, atenção, conhecimento, que nos aproxime e que favoreça com vínculos enriquecedores. Ao invés de substituir os emoticons animados pelas nossas expressões primárias. Nada substitui o olho no olho, um sorriso, um abraço, e por assim vai. Isso é o que atrai bons e duradouros relacionamentos.

Somos absorvidos pela correria da vida que vivemos, e pouco tempo nos resta para o cultivo de relacionamento sólidos. Dessa forma nossos encontros seguem a mesma regra do mundo técnico. A produção em série. O aumento da produção e ao mesmo tempo diminuição da duração do processo. Permitimos inconscientemente que a amizade virtual nos retire da necessidade de construir o processo de afetividade com quem nos cercam.

Tempo: medida arbitrária da duração das coisas. Que não é regulado por lei ou praxe, mas só depende do critério ou vontade.

E você, aceita o desafio de formar relacionamentos artesanais, dedicando seu pouco tempo e atenção a uma pessoa?